Quanto tempo faz... que a nossa produção industrial de peças acrilicas foi diminuindo, e com as antigas funcinárias paradas. Para dar trabalho a elas, fiquei inventando mil coisas. Uma delas foi um vaso solitario, um tubo de ensaio de vidro que era apoiado no suporte de acrilico. As nossas bravas funcionarias cortaram a peça na serra, lixaram, poliram o lateral, os furos, e até o espaço onde acomoda o fundo do tubo. Naquela época não existia máquinas de corte a laser. Fiz até caixa sob medida para embalagem. Mas o produto foi um fracasso. Primeiro que dava muita mão de obra, custo era alto, a peça era pequena, e qualquer flor um pouco mais comprida derrubava a peça.
Fazendo uma faxina nas coisas, apareceram estas peças. Fiquei com pena de vender como sucata, afinal foram tanto mão de obra, e até os moldados da 3 M que eram caríssimos. Então pensei em algo mais simples, suporte de caneta. A caneta é pequena, não chega a derrubar a peça.
Para ter mais estabilidade, desenhei uma peça ( adesivo sobre chapa de acrilico) para ficar mais estável e também ficar bonito.
Fiz no tamanho para caber na velha embalagem que ainda estava guardada.
Sinto que agora tenho mais experiência do que a vinte anos atrás. Aprendo coisas novas todos os dias, e consigo resgatar algum produto que deu errado no passado e faze-lo ter alguma função.
Atualmente existem maravilhas como corte de acrílico a laser e impressão digital em adesivo vinil.
Adquiri experiência do tipo de produto que vale a pena ser desenvolvida, que temos estrutura de artesão, então é fazer em poucas quantidades com qualidade.
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